O que é BPA?

O bisfenol A (BPA) é utilizado na produção de plásticos e resinas e pode ser nocivo para a saúde

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Imagem de Joshua Coleman em Unsplash

O bisfenol A, também chamado de BPA , é uma substância química orgânica que constitui a unidade básica de polímeros e revestimentos de alto desempenho, principalmente plásticos policarbonatos e resinas epóxi.

As aplicações a base de Bisfenol A, pelas propriedades conferidas ao material por essa substância, são muitas, entre elas estão DVDs, computadores, eletrodomésticos, revestimentos para latas de comida e bebida, e muitos itens plásticos, como mamadeiras, brinquedos, talheres descartáveis, entre outros. Pequenas quantidades de bisfenol A também são usadas como componentes no PVC maleável e como preparador de cor em papéis térmicos (extratos bancários e comprovantes).

Por apresentar efeitos nocivos à saúde, o BPA passou a ser proibido em mamadeiras e limitado a determinados níveis em outros tipos de materiais.

Segundo informações divulgadas no site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP), “vale a pena ressaltar que alguns dos efeitos deletérios do bisfenol A, como alteração dos hormônios da tireoide, liberação de insulina pelo pâncreas, proliferação das células de gordura, com doses nanomolares, ou seja, doses extremamente pequenas, as quais são inferiores à suposta dose segura de ingestão diária.”

Com a proibição, surgiram substitutos ao BPA ; entretanto, esses substitutos podem ser tão ou mais prejudiciais que o BPA . Entenda melhor esse tema na matéria: "BPS e BPF: conheça o perigo das alternativas ao BPA".

  • Conheça os tipos de bisfenol e seus riscos

Entenda os riscos

Os riscos que o BPA pode causar à saúde vêm sendo motivo de debate. Estudos demonstram que o BPA é um xenoestrógeno, isto significa, que ele confunde os receptores celulares no organismo e se comporta de forma parecida à dos estrógenos naturais. Por este motivo, o BPA é considerado um disruptor endócrino (DE).

Essas substâncias, de maneira geral, desequilibram o sistema endócrino, modificando o sistema hormonal. Os efeitos do BPA no organismo podem causar aborto, anomalias e tumores do trato reprodutivo, câncer de mama e de próstata, déficit de atenção, de memória visual e motor, diabetes, diminuição da qualidade e quantidade de esperma em adultos, endometriose, fibromas uterinos, gestação ectópica (fora da cavidade uterina), hiperatividade, infertilidade, modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos, obesidade, precocidade sexual, doenças cardíacas e síndrome dos ovários policísticos.

Um estudo publicado pela agência Fapesp mostrou que mesmo em doses baixas o bisfenol A pode desregular hormônios tireoidianos.

Absorção

Uma pesquisa publicada pela Analytical and Bioanalytical Chemistry mostrou que, no caso dos papéis termo sensíveis (extratos bancários e comprovantes), por exemplo, a contaminação pode ocorrer pelo contato com a pele. Embora o papel termo sensível seja reciclável, devido à presença de BPA em sua composição, o Pollution Prevention Resource Center (PPRC) recomenda o descarte desse tipo de papel no lixo comum para evitar a contaminação por BPA , que é liberado no processo de reciclagem. Segundo a pesquisa, a reciclagem do papel termo sensível pode aumentar a exposição humana ao BPA , uma vez que, durante o processo, pode haver contaminação de outros produtos de papel reciclado. O BPA já foi encontrado, por exemplo, em papéis toalha.

Responsabilidade

A Food and drug Administration (FDA) amparada pelo Centro Nacional de Pesquisa Toxicológica (NCTR), ambos órgãos estadunidenses, avaliam a segurança do BPA . Resultados preliminares mostram algumas preocupações com o uso dessa substancia, mas o NCTR não recomenda nenhuma ação regulatória no momento. Segundo o site da FDA, "pesquisas adicionais são necessárias para avaliar melhor os impactos a longo prazo da exposição ao bisfenol A sobre o desenvolvimento do cérebro e o comportamento".

Au Brésil, l'Agence de surveillance sanitaire (Anvisa) a interdit la production et l'importation de biberons contenant du BPA. La mesure est d'une grande importance, car elle vise à protéger les enfants de 0 à 12 mois, mais ce n'était qu'une première étape, car d'autres ustensiles en plastique utilisés par les jeunes enfants, tels que des tasses, des assiettes, des couverts et des sucettes, et aussi les bidons de lait en poudre pouvant contenir du BPA ne sont pas inclus. L'interdiction du BPA avait déjà été adoptée dans d'autres pays, comme le Canada et les États de l'Union européenne. Une mesure similaire est attendue prochainement dans le Mercosur. Les pays du marché commun discutent de l'élimination du BPA pour les biberons et les articles similaires destinés à l'alimentation des nourrissons.

Apprenez à éviter l'exposition au BPA

Il existe plusieurs façons de réduire l'exposition au BPA, voir ci-dessous:

  • Pour les plastiques, faites attention aux symboles de recyclage 3 (PVC) et 7 (PC) sur l'emballage, car ils peuvent contenir du BPA. Dans la mesure du possible, privilégiez les récipients en verre;
  • Utilisez toujours des biberons et des verres pour bébés;
  • Ne jamais chauffer ni congeler des boissons et des aliments emballés dans du plastique. Le BPA et d'autres types de bisphénols (comme ou plus nocifs) sont libérés en plus grandes quantités lorsque le plastique est chauffé ou refroidi;
  • Jeter les ustensiles en plastique ébréchés ou rayés. N'utilisez pas de détergents puissants, d'éponges en acier ou de lave-vaisselle pour laver les contenants en plastique;
  • Dans la mesure du possible, choisissez du verre, de la porcelaine et de l'acier inoxydable lors du stockage des boissons et des aliments;
  • Évitez la consommation d'aliments et de boissons en conserve, car le bisphénol est utilisé comme résine époxy dans la doublure intérieure des boîtes.
  • N'imprimez pas de relevés et de reçus. Privilégiez les versions numériques, comme la preuve de débit par SMS, par exemple.

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